sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O poder está nas nossas mãos

Sejamos justas: somos pessoas normais. Nenhuma de nós vive 24hs por dia impecavelmente maquiada, notoriamente bem vestida, maravilhosa, perfumada e com o cabelo sem um fio fora do lugar. Isso não existe. Nem toda manhã acordo com tempo-saco-paciência-inspiração para montar um look interessante ou caprichar na make. E nem me sinto com essa obrigação. Claro que é uma delícia estar bonita e arrumada mas, se às vezes não dá, fazer o quê? Não sou e nem quero ser um ‘conceito’ ambulante. Acho isso chato – tudo aquilo que é PENSADO demais se torna chato. Melhor é espontaneidade. Errar, errar tentando, tentar errando, mas ter coragem de sair da zona de conforto. Minha relação com a moda é essa: tento, erro, aprendo, mas meu foco é na tentativa. Esse ano, por exemplo, usei zilhões de coisas que jurei jamais usar (menos botas brancas e barriga de fora, ok?). Algumas ficaram legais e outras foram verdadeiros desastres, porém, a verdade é que adooooooro o novo. Não me vejo mais sendo aquela pessoa que nunca ousa, que praticamente veste um uniforme, que vive com o cabelo liso escorrido por vergonha dos fios que não são nem crespos nem lisos. Ah, não. Isso é muito sem graça!


Se formos pensar só nas regras, estamos ferradas! Baixinhas que não têm pernas finas não podem usar legging (bléé), devem passar bem longe dos skinny jeans (bléé) e precisam evitar shorts (blééé ao cubo!). Já pensou se eu (que sou baixinha e tenho pernas curtas e fofitas) seguisse essas ‘pérolas de sabedoria’?? Cá entre nós, quero me divertir. Tenho 28 anos e vou tentar usar tuuuudo o que me der na telha, correr riscos e sair do lugar comum. Acho que os blogs cumprem super bem o papel de trazer a VIDA REAL DE PESSOAS REAIS para o nosso cotidiano. Afinal, onde está escrito que para se sentir bem e bonita é preciso ser magérrima, loirésima e montadésima nas grifes? Ok, está escrito nas entrelinhas de quase toooodas as revistas de moda e beleza que existem. Mas já estamos bem crescidinhas para não levar ao pé da letra tudo o que lemos e escutamos por aí. A moda é democrática – e quem faz a moda somos nós. Uma bolsa ou um vestido se tornam peças-desejo só porque várias pessoas compraram, gostaram e exibem-os orgulhosas por aí. Tomara, mesmo, que um dia as pessoas passem a decidir sozinhas o que querem usar e não se deixem influenciar – tanto – por aquilo que ‘especialistas’ dizem. Lógico que é muito útil levar em conta os conselhos de quem sabe o diz mas, às vezes, a gente também sabe, só hesita em admitir. Mais ridículo do que ser a legítima fashion victim é ter neurônios na cabeça e ser vítima da “Síndrome do Medo Crônico de Ser Feliz Como Bem Entender“. O que as amigas-namorado-colegas-família vão achar…Who cares?? Moda conceitual e cheia de regras é muito bonita nas páginas das top revistas – e só. Convenhamos que o nosso interesse é na moda feita para pessoas reais e normais. O vestidinho tamanho 36 que não me serve e a calça que só fica legal em quem é size O não vão me acrescentar nada na vida. É por isso que adoro quando as blogueiras postam seus looks – quero me inspirar é nisso, no possível! O inatingível e o incomprável, definitivamente, estão fora do meu radar. Que tal a gente parar de buscar inspiração sempre nos mesmos lugares, ler sempre as mesmas pessoas/revistas, prestar atenção apenas nos ‘experts’…e começar a buscar a NOSSA opinião sobre moda e tendências, hein?? Porque pensar sozinho e fugir de mil influências externas também faz um bem enorme!!
Eu não hesito em usar aquilo que adoro, que tem a ver com a minha personalidade e me agrada. E vocês?

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